quarta-feira, 20 de abril de 2011

Medicina Curativa - Parte I

Com a presença de várias pessoas, já livres de algumas das amarras do preconceito, o encontro sobre homeopatia trouxe muitas informações valiosas, assim como suscitou ainda mais reflexões em quem esteve presente. O Dr. Gilson apresentou a construção histórica de uma medicina que propõe o ser humano como uma unidade ternária, que transcende o mero veículo visível e ponderável e é composta pelos campos orgânico, dinâmico e consciencial.


Os primórdios da homeopatia podem ser atribuídos a Samuel Hahnemann, que, a partir do uso de substâncias em si mesmo, iniciou o processo de sistematização das ideias homeopáticas. Surgia uma nova prática "curativa", com conceitos diferentes da alopatia, mas com um sucesso de resultados que sustentam a continuidade da prática até hoje.

A homeopatia é baseada no Similia Similibus (a lei dos semelhantes), um dos princípios adotados por Hipócrates, mas do qual, no decorrer dos séculos, a medicina tradicional se esqueceu. Essa lei apregoa medicar uma pessoa portadora de um determinado desequilíbrio a partir de uma substância que, em alguém sadio, seja capaz de ocasionar a mesma enfermidade observada. Essa iniciativa incentiva a capacidade natural de cura do corpo.

Um outro aspecto importante dessa variante médica é a diluição. Ela foi inicialmente proposta para tentar diminuir a toxicidade de certas substâncias, pois na medida em que se realiza diluições, obtem-se uma porção material bem reduzida da essência inicial. Assim, hoje os homeopatas acreditam que essa ação medicamentosa é promovida por uma fração mais sutil da essência, não acessível aos equipamentos que a ciência dispõe até agora. O indivíduo, alvo do medicamento, recebe os efeitos também em uma porção mais sutil de sua complexa unidade.

A homeopatia compreende que enquanto ela é capaz de promover a cura - por agir de modo global no indivíduo -, a intervenção alopática é capaz apenas de suprimir a patologia. No entanto, reconhece-se as deficiências dos mecanismos homeopáticos em quadros patológicos como o de um câncer, em virtude da excessiva fraqueza do corpo para acionar seu maquinário defensivo. Assim, utiliza-se do bom senso e as práticas alopáticas são aconselhadas nesses casos. Ressaltamos a fala do Dr. Gilson Freire de que no meio homeopático existe um ditado que afirma que "mais vale um doente suprimido do que um doente morto".

A homeopatia é, sem dúvida, um assunto bastante instigante e que merece um estudo aprofundado por parte de todos que buscam desvendar a verdade por meio da ciência. Para maiores informações consultem as referências bibliográficas fornecidas na matéria anterior (em especial o livro Filosofia Homeopática, de J. Kent).


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Acessar o link da matéria anterior, com as bibliografias.
Visualizar o powerpoint utilizado no encontro.
Ler um artigo sobre a história da homeopatia.

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