quarta-feira, 22 de junho de 2011

Fim das atividades presenciais do NASCE... mas o blog continua!

Comunicamos a todos que os trabalhos do NASCE neste semestre estão oficialmente encerrados.

Agradecemos a todos que nos acompanharam presencialmente e/ou virtualmente, que se mobilizaram para a divulgação do Núcleo e do blog e que forneceram seu tempo para estar conosco e trazer contribuições por meio dos estudos. Foi uma grande alegria estar junto de vocês neste semestre!

Esperamos todos de volta no mês de Agosto e, até lá, vamos interagindo com as postagens do blog, que não irá parar. Aproveitem para fazer comentários aqui, elogiar, criticar e sugerir. Temos também o nosso e-mail cujo endereço está na coluna do lado esquerdo.

Nos encontramos de novo a qualquer momento!

terça-feira, 21 de junho de 2011

A vivência clínica sob um novo olhar

Na quarta-feira, dia 07, um médico que ensaiou seus primeiros passos na Faculdade de Medicina da UFMG voltou ao ambiente trazendo muitas contribuições. O Dr. Andrei, utilizando-se de relatos da sua própria prática médica, discutiu o tema "Espiritualidade na prática clínica: abordagem psico-sócio-espiritual".


O convidado da noite introduziu seu discurso pontuando como é diferente o aprendizado possibilitado pelos livros em relação ao que se vive na prática. Esta representa um dos principais professores que o médico pode ter e possui o paciente como um dos destaques desse processo de ensino.

A partir de estudos realizados e de sua própria vivência, o Dr. Andrei detém hoje total convicção da importância de se inserir o aspecto espiritual no contato com o paciente, embora isso não seja relevante na proposta acadêmica encontrada nos livros para o estudante de medicina.

Espiritualidade, conforme consta nas referências trazidas pelo palestrante, é toda busca de sentido/significado de vida. Diante dessa visão, muitas são as possibilidades para trabalhar com a espiritualidade. Ela pode estar presente desde o momento em que o médico olha para o paciente até o instante em que ele faz certo comentário ou dirige determinada pergunta àquele que busca sua ajuda.

Compete ao médico a função de incentivar quem ele atende ao cultivo da espiritualidade (não necessariamente por meio da religiosidade). No entanto, é preciso que ele também se mobilize para se espiritualizar e adote posturas em sua prática profissional condizentes com quem tem essa proposta. Como alguém que não busca se espiritualizar pode falar de espiritualidade com outrem? É como alguém que não tem e nem quer desenvolver autocuidado, mas que quer ser médico. Sabemos das consequências disso.

Bom seria se os médicos buscassem se espiritualizar. Seria um sonho pensar no atendimento centrado na pessoa do paciente? Escutá-lo, perceber sua singularidade, valorizar a intuição, valorizar a psicologia, colocar-se no patamar do paciente, não ter medo de desenvolver vínculo empático, usar as palavras adequadas com quem lhe escuta e trabalhar o adoecimento e a morte como processos existenciais.

Nesse encontro percebemos que tudo isso é possível e aprendemos, na teoria, qual o caminho a se seguir. Possa a prática reforçar ainda mais o aprendizado desse dia.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Andrei Moreira de volta ao NASCE

Um dos pioneiros e apoiadores do NASCE, o médico Andrei Moreira - formado na própria UFMG -, irá nos presentear com uma palestra na próxima quarta-feira, dia 08.

A temática a ser trabalhada no próximo encontro será "Espiritualidade na prática clínica: abordagem psico-socio-espiritual". Lembramos que o horário vai das 19h às 20:30h.

Estaremos todos lá na sala 333 da Faculdade de Medicina. Como já é da ciência de todos, não é necessário inscrição, mas a sala comporta, no máximo, 30 pessoas. Assim, busque não chegar em cima da hora.

Aguardamos você!!

domingo, 5 de junho de 2011

Espiritualidade e Enfermagem: Diagnóstico de Sofrimento Espiritual

O tema era "Espiritualidade e Enfermagem: diagnóstico de sofrimento espiritual". A expositora era uma quase-enfermeira, companheira estimada do NASCE, Ana Luiza. A bagagem trazida por ela era vasta, contemplando, inclusive, quase cinco anos de Curso de Enfermagem e sensibilidade e visão da saúde diferenciadas.



Como é bom poder ouvir uma representante de uma profissão que é tão bela e tem tanta importância. Como é bom reforçar a visão de que o NASCE se enriquece ao ter participantes de outros cursos/profissões, além da medicina. Como é bom conhecer o tipo de atuação competente aos profissionais de enfermagem.


A enfermagem tem uma abordagem muito interessante das percepções com relação ao paciente, realizando o diagnóstico de enfermagem. Em uma visão que transcende o tecnicismo do diagnóstico médico, esses sujeitos da saúde são incentivados a enxergar o enfermo como uma pessoa - ser altamente complexo e que deve ser reconhecido em seu estado integral.

Dentro do diagnóstico de enfermagem é pertinente o destaque de um item: a angústia (ou sofrimento) espiritual. Ela possui uma amplitude muito maior do que se imagina inicialmente, enquadrando-se nesse tópico qualquer tipo de distúrbio no senso individual de significado e propósito da vida. Há, para tal diagnóstico, um conjunto específico de sinais e sintomas a que os enfermeiros precisam ficar atentos.

As discussões foram conduzidas para a perspectiva positiva de haver essa atenção no diagnóstico de enfermagem, embora isso não seja alvo de conhecimento e aplicação cotidiano por parte de todos os profissionais da área.

A partir de uma experiência presenciada, Ana Luiza citou o exemplo de um homem no CTI, obreiro evangélico havia 40 anos, e que tinha na religião um eficiente fator de enfrentamento sobre a amargurada situação em que se achava. Um dia, no entanto, uma forte tristeza tomou conta dele. Para aqueles que o acompanhavam, aquele quadro demonstrava, claramente, que algo a mais não estava certo com ele. Depois de várias tentativas para descobrir o problema novo, foi a sensibilidade de uma enfermeira que possibilitou compreenderem que o enfermo agora padecia diante da impossibilidade de não ser mais útil no que mais gostava de fazer. A fim de resolver tal problema, uma conversa evangélica foi a dose necessária de remédio para acalmar um coração desconfortado e preenchê-lo novamente de júbilo e ânimo.


Percebe-se, em termos práticos, o quão vital é considerar mais esse aspecto do diagnóstico proposto na enfermagem. E com a certeza de um aprendizado enorme na palestra e em todo o período de convivência é que agradecemos a Ana por todo o carinho, paciência e contribuições ao Núcleo e às nossas individualidades.

Esperamos que os amigos que vão sendo feitos por aqui possam voltar sempre que possível, prestigiando os trabalhos e trazendo ainda mais contribuições. Ficam aqui os nossos votos de sucesso na caminhada dessa nova enfermeira. 

Clique abaixo para visualizar:

- Os slides do dia. 
- A revisão sobre Angústia Espiritual.
- A tese "Diagnóstico de Enfermagem [...]: Angústia Espiritual".