domingo, 16 de outubro de 2011

Reflexões sobre aborto e eutanásia no NASCE

O que pensar sobre o aborto?
Em algumas circunstâncias, seria a eutanásia a melhor opção?

Estes são temas que tangenciam preceitos íntimos. Então, como construir, com embasamento científico, uma discussão sobre questões que repercutem a partir da subjetividade de cada ser humano?


Os dois últimos encontros do NASCE (dias 27 de setembro e 04 de outubro) tiveram para seus participantes, indubitavelmente, um papel importante na construção de concepções referentes ao mundo do aborto e da eutanásia. A partir de algumas referências bibliográficas foi possível obter dados valiosos para análise das motivações que conduzem à opção por essas duas ações.

O aborto, no Brasil, é hoje uma questão de saúde pública. Apesar de ser proibido por lei no país (excetuando-se nos casos de estupro e de riscos para a vida da mãe), estima-se que o número de abortos por ano alcance atualmente a faixa de um milhão. Isso se torna ainda mais alarmante pelo fato de que as condições em que os abortos ilegais são realizados geram, normalmente, complicações para a saúde da mulher que fez essa escolha, podendo até mesmo levar ao óbito.

A eutanásia, por sua vez, pode ser dividida em passiva - quando se negligencia o cuidado com o paciente, objetivando a sua morte - e ativa - quando a morte é provocada diretamente, por exemplo, com a aplicação de alguma substância que conduzirá a ela. No nosso país, ela também é proibida por lei.


Muitas são as informações, mas a escolha sobre como conduzir uma situação que envolva os temas discutidos compete ao cumprimento da legislação do país, das recomendações do Conselho Federal de Medicina e às convicções do próprio médico. Estas poderão estar relacionadas diretamente com o paradigma científico considerado: o materialista ou o espiritualista.

São opções, possibilidades. Em última instância, compete a cada um refletir sobre os ganhos (em caso de ser verdade) e prejuízos (em caso de ser falso) que a escolha de cada um desses paradigmas pode gerar.

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