quinta-feira, 21 de março de 2013

Saúde e Espiritualidade no COBEM

No período dos dias 11 a 14 de outubro de 2012, foi realizado na cidade de São Paulo, na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), o 50º Congresso Brasileiro de Educação Médica (COBEM).


Sempre permeado de temas políticos, humanistas e de "extensão acadêmica", o evento de 2012 contou com um assunto a mais, que muito nos importa: a interface saúde e espiritualidade. Basta ver a programação para perceber que a temática mereceu discussões que foram além da completa timidez.

Foi-lhe reservada espaço para conceituação, explicação, apresentação de experiências e repercussões. UFMS, FAMEMA e UFMG foram representados por diferentes acadêmicos. Três caros colegas, Lídia Gonçalves, José Fittipaldi e Eric Ávila, realizaram apresentações orais enfocando o grau de adesão dos acadêmicos ao estudo e às atividades envolvendo a espiritualidade no contexto com a saúde; um relato sobre uma disciplina optativa de saúde e espiritualidade; e o histórico de atividades do NASCE no âmbito da humanização e ética.



Essas exposições puderam, muito bem, divulgar o tema e mostrar sua pertinência, despertando grande interesse e envolvimento no público que assistia e nos professores que coordenavam as apresentações.

Para finalizar as discussões, na manhã do dia 14, como programação oficial do evento, foi disponibilizado um significativo tempo (4 horas), um significativo espaço (Teatro da FMUSP), com a presença, também, de um significativo público, para uma conversa sobre saúde e espiritualidade. Novidade para muitos que lá estavam, mas uma grande oportunidade para professores e acadêmicos se inteirarem das iniciativas nesse campo que já existem no Brasil, buscando apoio na relativa experiência que alguns já adquiriram a partir da vivência nessa área.

Próximo COBEM, mais espaço, mais grupos, mais apresentações, mais discussões e mais conhecimento sobre o assunto? Isso só depende da dedicação daqueles que de algum modo despertaram para a importância do tema. Inegável, no entanto, já é que o tema saúde e espiritualidade vem ganhando terreno dentro dos muros da academia, atendendo, enfim, a uma demanda ansiosa por maior sentido nas próprias ações, por maior humanidade na lida da saúde, já cansada do reducionismo proposto por muitos na academia.

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